09 setembro 2009

É tão bom o mundo assim...

Quanto mais os dias passam mais a humanidade deveria agradecer as limitações físicas e psíquicas existentes, sem falar em todas as outras limitações, que definitivamente, são muito mais que bem-vindas e comoventemente necessárias. Não receio dizer: obrigada.

Imagine que a cada estrela cadente, cada pessoa fizesse um pedido que SERIA atendido, e a cada macumba de amarração o amor começasse a rolar, e se em cada Natal o presente da sua cartinha te esperasse, e a cada três pulinhos São Longuinho encontrasse as coisas. E agora imagine vários pedidos, você pede uma coisa e outra pessoa pede o contrário, e uma terceira pede mais outra coisa e tudo acontece.

A Terra já é um planeta tão diversificado, pessoas com vontades diferentes e princípios diferentes, muitos deles sem morais de vida, agora dê para essas pessoas poderes psíquicos, presas, asas, varinhas e etc. Está feita a mais completa guerra de futilidades.

Fisicamente limitados para um equilíbrio, e isso não é uma coisa ruim, de forma alguma. Isso não nos impede de voar, mas impede muito caos aéreo. Podemos nos unir para construir coisas que facilite a vida de todos igualmente, sem quebrar o equilíbrio de coisas sem cabimento acontecento (olha que coisas sem cabimento ja acontecem bastante). É chato um mundo assim, onde você tem que pensar e se esforçar para conseguir o que quer?

O quão divertido seria ver pessoas voando? Coloque asas em um desses jovens acostumados a ter tudo e agora eles tem asas. Já não bastam eles baterem em mendigos, perturbarem a paz publica, fazerem brincadeiras “agradáveis”, e agora com asas eles podem cagar em nossas cabeças também. Viva.

Melhor que tal um psicopata que tenha presas e força sobrehumana, vampiros existindo. Quão apaixonante seria um vampiro brilhante no céu vindo buscar o seu precioso sangue e ESTRAÇALHAR sua garganta? Pois é, pequenas garotinhas, ele NÃO vai ser carinhoso, ele NÃO vai ser piedoso, é como outro animal qualquer que vem atrás de você come e vai embora depois de saciado =XXX.

Ah! Quão bom são os limites! Impede muita coisa estúpida de acontecer.

Ou você prefere esperar uma estrela cadente e mandar uma cartinha ao papai Noel? Melhor começar a sair desse mundinho, pois o mundo no qual você vive te oferece oportunidades muito melhores de você mostrar o que é, modos mais valorosos de se ter algo, e demonstrar realmente do que você é capaz.

08 setembro 2009

Mal por ser bom? Não é uma contradição.

“Mas o narrador está antes tentado a acreditar que, ao dar demasiada importância às belas ações, se presta finalmente uma homenagem indireta e poderosa ao mal. Pois, nesse caso, se estaria supondo que essas belas ações só valem tanto por serem raras e que a maldade e a indiferença são forças motrizes bem mais freqüente nas ações dos homens. Essa é uma ideia de que o narrador não compartilha. O mal que existe no mundo provém quase sempre da ignorância, e a boa vontade, se não for esclarecida pode causar tantos danos quanto a maldade. Os homens são mais bons do que maus e, na verdade, a questão não é essa. Mas ignoram mais ou menos, e é isso que se chama virtude ou vício, sendo o vicio mais desesperado o da ignorância, que julga saber tudo e se autoriza, então, a matar. A alma do assassino é cega, e não há verdadeira bondade nem belo amor sem toda a clarividência possível.” 99, A Peste. Camus, Albert.

O fato de o brilhante parágrafo estar bem claro, não me impediu de colocar meus rudimentares e atrapalhados dedos nele. De forma alguma seria para mal dizer, apenas quero complementar.

Dando ênfase: Os homens são mais bons do que maus.

Não deixa de ser a mais pura verdade. Para começar, levemente, deduzimos pelas atitudes de um pai, que na visão do filho se torna um carrasco quando impõem ao filho castigos e obrigações que são necessários para a sua educação. O filho pode até chegar a odiar seus pais (estou falando apenas das vezes na qual o pai dá castigos por se importar com seus filhos, e utilizando de razão e compreensão), por esses limitarem demais a vida do filho. Mas na visão do pai é uma forma de proteger, e educar, o que para o pai é importar-se e querer cuidar, para o filho não passa de mais pura tirania e opressão (chegando até alguns filhos a ver isso como um abuso de poder).

Não que eu esteja valorizando em excesso todas as ordens impostas pelos pais. Não mesmo. Isso de forma alguma é certa, mas essa é a minha opinião de um angulo de vista. Porém eu posso muito bem entender que na opinião de um pai (bastante cuidadoso por sinal), ao se importar com seu filho, gosta de mantê-lo por perto e encarcerado. Não só posso entender, como também apreciar todo esse cuidado e ver o lado bom disso. É a mais pura bondade humana, para o filho pode ser irritante e mau. Que em alguns casos o é, mas não é desses que pretendo falar. E todavia, também entendo claramente a raiva de um filho em ser aprisionado.

São dois pontos de vistas, a bondade do pai ao querer manter o seu filho em segurança, e a irritação do filho com esse excesso de cuidados a lhe tirar a liberdade.

Mas em todo, não deixou de ser que visam a fins bons.

O que é bem obvio, e faz qualquer um se perguntar: É só esse o ponto?

Não, essa é a introdução.

Vimos que o quê o pai julgou ser melhor, pode de fato não ser o melhor, mesmo tendo seus motivos e seus sentimentos para apoiá-lo. Um pai não pode limitar o filho de crescer fisicamente, e lógico, também não pode impedi-lo de crescer mentalmente, a obrigação de um pai é ajudar a tomar as melhores decisões. (Estou fugindo do ponto...)

Bom, agora vamos aplicar este fato à outro caso.

Se você ta lendo isso aqui, você com toda certeza conhece a civilização ocidental.

O costume da civilização ocidental, ao meu ver é bem diferente do costuma da oriental. E isso muda em cada país. Ou estado. Ou ate mesmo cidades. Então imagine que você: católico, protestante, agnóstico, budista e etc... Nascesse em outra civilização. Na nossa sociedade temos toda uma liberdade de religiões para escolher, e alguns ainda são guiados pelas crenças dos pais, você é um desses? Espero que não. Mas se for, vamos tentar aplicar isto:

Você nasce em uma civilização oriental machista, você nasce mulher, onde nessa civilização eles tem-se costumes bem diferentes, sacrificar pessoas para rituais ou coisas assim, e o costume das mulheres é servirem seus homens e cobrirem o corpo todo, qualquer outra coisa acabaria em morte para a mulher.

Se você nasceu em uma civilização assim, não há nada mais normal do que você aceitar isto como certo, e veria qualquer outro tipo de civilização na qual, rituais de sacrifícios e mulheres no comando não seria algo normal e de primeira isso logo te repugnaria, você tem a sua crença, e você foi criado vendo tudo aquilo daquela forma, você acaba por aceitar isso também. (Isso se aplica melhor para aquelas pessoas que são facilmente comandadas). Claro que existem pessoas que não são assim, e também temos formas de evoluções, não estou expondo qualquer descrença na capacidade humana de se perguntar o obvio, porém, pensemos nos homens-bombas. Pense em toda a sua civilização, suas instruções, seus costumes, e qualquer outro fato que defina as ações deles para ser no futuro um homem-bomba, a forma como o ocidente julga é bem clara. A forma como o oriente julga é outra.

O que só reforça o fato, o homem é mais bom do que mau, e tudo o que ele faz não deixa de ser praticado pelo o pulso da sua sabedoria ou pulso da sua ignorância que toma como sabedoria.

A melhor evolução que poderia ocorrer era um sistema de educação no qual ensinassem as pessoas a pensarem por si mesmas, na lógica das coisas, nos conceitos, e nos porquês, e fazer elas tentarem achar as respostas olhando o mundo envolta e em conversas adversas, e em um trabalho mutuo de pesquisa e conciliação.

Não parece tão difícil. Não parece.



PS: Não me agradou esse texto...

04 setembro 2009

Maldito excesso de falta do que fazer, por ter algo à fazer.

Desculpe o desleixo, estarei de volta.

E logo:

Reforço a ideia de quê, tudo o que habita aqui faz parte das minhas opiniões, teorias e filosofias, não quero impô-las a ninguém, entretanto, pretendo aprimorá-las e rediscuti-las também, se possível.

Não nego mão de voltar, e fazer edições, em ensaios passados, nem mesmo de postar novas opiniões, que podem ser totalmente contraditórias as anteriores. Admito, não espero ter que fazer isso, mas farei se necessário. Como também correções para o texto e novos pontos de vista.

Tinha mais algumas coisas à acrescentar aqui, porém esqueci...