26 março 2011

Bebida Vs Dignidade

Dias atrás a pessoa aqui, curiosa com a vida, resolve exercitar o senso da falta de ridículo (muito acessado pela pessoa aqui) e vai muito infeliz para um luau, tendo em vista socializar (quem sabe?) com outras criatura, no vai-vem da bagaça (que não foi aprendido o nome de ninguém) e com mixagem de altos-líquidos (que não faço a mínima ideia do que eram realmente): batidas coloridas, vinho e cerveja com coca-cola.

É claro que o juízo não podia tá perfeito, a alimentação do dia não passou de um pão melado com alguma bobagem. Logo só poderia ir terminando o dia em uma situação desprezível de disputa de reflexo (bebada?) com meu professor de política, enquanto jurava estar ganhando (sei...) por que não tinha sobriedade para avaliar a disputa, apanhando e batento sem dignidade da pessoa que pode vir a me dá um zero (não julguei os riscos) e que vamos descobrir daqui a duas semanas se irá realmente me dá um zero.

E pior, meu já normal tom de voz não é dos melhores, e quando bebo eles tem 3 níveis terríveis: 1º Nível Bebida Fraca - falo embrulhado; 2º Nível Bebida Média - voz de puta; 3º Nível Bebida Pesada: mãeeeeeeê.

Mas nada poderia ter sido mais humilhante do que usar o 2º Nível enquanto digo que o professor "ensina política como ninguém"... Certo... se ele me reprovar, eu perdôo ele. Juro que eu não estava fazendo isso,eu nem lembro, mas se fiz, era a tontura, ele nem faz meu tipo!!!

E para piorar a noite ter que admitir em relapsos de auto-dedo-durismo - enquanto voltava para casa - que não sabia definir esquerda e direita sobriamente:
"Esquerda...agora é esquerda. Direita, agora é direita. Ta vendo, acertei?? Né PROFESSOR... quando estou sóbria sempre tenho problemas com esquerda e direita...."

Vergonhoso.

Argumentos para o professor me detonar na próxima prova de política: Partido de Esquerda ou de Direita??? Qual é o de esquerda e qual é o de direita? Vai uma cachacinha aí?


THE END... Dignidade e Nota Boa.

16 março 2011

       Eu me achando a bolacha no meio do pacote, passeava pela faculdade me sentindo mais sociável do que nunca pois cumprimentava um ou outro.

       Me surpreendi em uma crise de consciência pois desde os meus 13 anos que socialização não faz parte do meu vocabulário, e socialização demais então me angustia. Até então…

       Chega um velho amigo, que minha anti-sociabilidade distanciou mas ainda continua meu amigo e cortando toda a minha crise de consciência:

Ele: Você tem que fazer mais amizades!

Eu: Como?

Ele: Você faz um curso onde você tem que socializar, você tem que ser mais animada, interagir mais.  Você tem que mostrar que veio aqui porquê é civilizada!

      Terminei minha crise de consciência: agora sou a bolacha mordida e descartada do pacote.

14 março 2011

Decepção

Andei tomando choques de realidade. Espatifaram-se na minha mente muitos de meus ideais. Ando decepcionada demais para conseguir respirar sem parecer suplicar. Que drama.

Toda aquela minha idéia de que as pessoas são necessariamente boas: destruída. Cai na real tarde demais então sofri o choque da quebra de uma grande ilusão convicta. A tensão do choque em meus músculos deixa-me dormente. Não sei qual rumo seguir, o que escolher, dentre as verdades qual é realmente a verdadeira? E porque essa necessidade de uma verdade? A convicção de se ir pelo caminho certo? Qual é o caminho certo no mundo animal?

O que fazer quando todas as suas idéias do que é feito o ser humano desmorona? Quando não se pode mais diferenciar em sua própria mente seres que podem raciocinar de meros animais? O que fazer quando você olha seus próprios erros e choca-se com suas bobagens? Quando choca-se com suas certezas tão pouco estudadas e a aceitação de coisas sem total explicação?

Pensava, primordialmente, que o ser humano era fundamentalmente bom – minha visão conto de fada de tudo; consegui ainda fracamente assimilar – depois de muita discussão – que o quê torna o ser humano “bom” (já que a bondade não existe, é um conceito tempo-espacial) - no meu conceito de bondade - é a forma com que a vida em sociedade reprime e limita o espaço de cada um. E não, eu não acho a repressão social ruim.

Mas o que me chocou é o fato de nem isso ser verdade: o ser humano ser bom pela sociedade. Por que quando você é inserido na sociedade ninguém te explica que ela é/foi uma escolha, uma forma de vida no qual as pessoas podem interagir mostrando SIM que são superiores aos outros animais por conta da razão e de suas atitudes em convívio; ninguém explica que a sociedade é tão digna quanto rigorosa, desarticulada e moldada por diversos interesses; ninguém explica nada, muitos nem sabem e nem tentam entender, jogam suas idéias sem embasamento para os outros passando de um para outro com a mesma desestrutura racional e convicções sem bases fundamentais.

Na minha atual descoberta de verdade o ser humano faz tudo por egoísmo, não está consciente do que é realmente a vida em sociedade, morre de medo do sistema, e com medo faz parte dele; o ser humano é fraco e covarde, acomodado e pretensioso, sua megalomania o faz cada vez mais estúpido e todo o meu sonho de que existem pessoas incríveis trabalhando por algo melhor foi pelo ralo.

Meu sonho de menina boba de que as pessoas são boas e conscientemente inteligentes e que fazem as coisas usando ao menos uma gota de solidariedade se esvaiu. Não sei se devo até mesmo confiar em mim.